
A procura por indenizações pela tragédia na boate Kiss representa menos de 10% do público estimado pela Defensoria Pública do Estado. Um dos motivos que podem explicar a baixa adesão é o fato de familiares não se sentirem confortáveis em obter valores que possam ser interpretados como consequentes da tragédia, disse a diretora do Núcleo de Direitos Humanos do órgão, Alessandra Quines Cruz.
O órgão de defesa de direitos estima que quase mil pessoas possam ter direito a indenização. O cálculo leva em conta o total de familiares das 242 vítimas fatais, mais os cerca de 700 sobreviventes da tragédia. Em dois mutirões realizados até agora só 80 pessoas foram atendidas. O próximo deve ocorrer na semana que vem, em Santa Maria.
Uma liminar conquistada pela Defensoria garante indenização para aqueles que não puderam mais trabalhar depois do incêndio, ou tiveram a capacidade de trabalho limitada. O pedido final da ação, mais amplo, é para que todas as vítimas sejam indenizadas também por danos materiais e morais. Os valores não são estimados, pois dependem da avaliação do judiciário, que estipula o quanto deve ser pago.
Fonte:Samuel Vettori/Rádio Guaíba