O ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aceitou, em Brasília, o recurso em que a defesa do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Gilmar Sossella, pedia a retomada de mandato até o julgamento, pela Corte, do mérito da decisão do TRE do Rio Grande do Sul que tirou a cadeira do pedetista. O advogado de defesa de Sossella, Décio Itiberê, teve deferido o efeito suspensivo da decisão. Com isso, o deputado, que presidiu a Assembleia no ano passado, volta ao cargo nesta sexta-feira e espera, no exercício parlamentar, a decisão final.
Itiberê sustenta que Gilmar Mendes apenas compreendeu os argumentos da defesa e respeitou jurisprudências do próprio TSE. “Nós não tínhamos a menor dúvida dessa decisão”, declarou.
Em 1º de abril, o suplente Vinicius Ribeiro (PDT) assumiu a cadeira e manteve os servidores de gabinete. Ele agora volta à presidência da Companhia Riograndense de Artes Gráficas (Corag), de onde havia se afastado.
Sossella teve o diploma cassado pelos crimes de abuso de poder político e captação ilícita de verba de campanha. Isso porque, segundo o TRE gaúcho, ele pressionou servidores da Assembleia a fazer doações para a campanha eleitoral através da venda de convites para um churrasco. O valor de cada entrada era de R$ 2,5 mil.
informações do repórter Voltaire Porto