Prefeituras de 21 cidades da região Celeiro ficarão de portas fechadas por pelo menos três dias, a contar desta terça-feira. No período, serão mantidos apenas serviços essenciais, como recolhimento de lixo, postos de saúde e escolas. A medida decorre de dificuldades financeiras enfrentadas pela quase totalidade das localidades gaúchas.
Outras ações já foram adotadas pelas administrações municipais, como exoneração de servidores, incluindo secretários, a fim de diminuir os gastos com folha de pagamento.
O presidente da Associação dos Municípios da Região Celeiro (Amuceleiro) e prefeito de Esperança do Sul, Jair Carmo Schmitt, reiterou que há possibilidade de que a paralisação seja mantida até dezembro a fim de reduzir as perdas na região, que já atingem R$ 15 milhões neste ano.
Amanhã, prefeitos de 100 cidades, representando seis associações, além do presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Ary Vanazzi, se reunirão para discutir as próximas medidas a serem adotadas.
Vanazzi já solicitou apoio dos governos estadual e federal e espera para segunda-feira a sinalização do Piratini para antecipação do ICMS e retirada de aplicações do Banrisul para investimento em outros bancos.
Em três semanas o governo federal também deve se manifestar sobre a possibilidade de repasse de parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal tributo de cidades do Interior do Estado.
Além da diminuição dos repasses, devido à queda da atividade econômica nacional, a estiagem prolongada no Rio Grande do Sul foi outro fator que prejudicou a arrecadação fiscal em 2012. Assim, 90% das 496 prefeituras podem encerrar o ano sem conseguir fechas as contas.
Barra do Guarita, Bom Progresso, Braga, Campo Novo, Chiapetta, Coronel Bicaco, Crissiumal, Derrubadas, Esperança do Sul, Humaitá, Inhacorá, Miraguaí, Redentora, Santo Augusto, São Martinho, São Valério do Sul, Sede Nova, Tenente Portela, Tiradentes do Sul, Três Passos e Vista Gaúcha. (Rádio Guaíba).