Além de aderir à paralisação geral prevista esta segunda-feira, a Polícia Civil promete deflagrar uma operação-padrão. De acordo com o presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, a iniciativa vai prejudicar e restringir os atendimentos nas Delegacias de Polícia de todo o Rio Grande do Sul. “Nós só vamos atender ocorrências criminais, ou seja, não iremos registrar as queixas referentes a perda de documentos ou até mesmo de acidentes de trânsito. Esta iniciativa faz parte da nossa mobilização contra o parcelamento e é por tempo indeterminado”, projetou.
A categoria voltou a alegar que o Executivo foi escolhido para servir como alvo da crise e o sacrifício recaiu exclusivamente sobre os trabalhadores. “O que estamos atravessando é a ação mais cruel que se viu na história do nosso estado, não aceitamos o parcelamento e nem esta crise só para nós. Chegamos ao ponto de lutarmos pela sobrevivência, estamos falando da falta de dinheiro para pagar contas, aluguel, rancho, cartão e todos compromissos previstos em função do salário do suor do trabalho”, declarou.
Os servidores ainda temem que o envio de uma pacote do governo, para a Assembleia Legislativa, não se limite apenas a aumento de impostos. O receio é com relação ao aumento de aliquota para dependentes do Ipê e mudanças previdenciárias.
Na Brigada Militar a operação padrão já começou, hoje, com policiais deixando de ir para as ruas alegando falta de equipamentos e viaturas. A informação é de que dos 70 veículos da corporação, que deveriam circular neste domingo, na Capital, apenas oito trafegaram.
O presidente da Associação de cabos e Soldados da Brigada Militar, Leonel Lucas, adiantou que policiais não faltaram, mas justificaram a permanência nos quartéis devido a necessidade de cotorno e uniformes para exercer a função.
Fonte:Voltaire Porto/Rádio Guaíba