A Polícia Federal suspeita que os irmãos agricultores Anderson, de 26 anos, e Alcemar Souza, de 41, foram mortos por um grupo de até 20 indígenas em Faxinalzinho, no Norte do Estado. O número de envolvidos subiu depois que a investigação constatou que um dos irmãos tinha 35 ferimentos pelo corpo e o outro, 25. O elevado número de lesões levou o delegado Mário Luiz Vieira a ampliar o total de investigados pelo crime, ocorrido em 28 de abril.
Desde 9 de maio, cinco índios seguem presos temporariamente no Complexo de Charqueadas. Outros três indígenas estão foragidos e mais 12 são investigados. O delegado já pediu a prorrogação da prisão do envolvidos, porém a Justiça ainda não se manifestou. Os cinco índios podem ser liberados caso a solicitação não seja atendida.
Anderson e Alcemar foram mortos com tiros de espingarda e agredidos a pauladas e pedradas. O laudo da necropsia apontou, ainda, que Alcemar foi atingido por uma lança. A arma entrou pelas costas e atravessou o corpo da vítima.
O delegado estima que os foragidos estejam escondidos nas próprias reservas, no entorno de Faxinalzinho. A PF apreendeu enterrados, no fim de maio, uma espingarda e um espeto que podem ter sido utilizados no crime. Dois carros utilizados no deslocamento dos índios também foram recolhidos.
No dia do confronto, os irmãos foram mortos depois de tentarem furar uma barreira indígena montada em uma estrada vicinal de Faxinalzinho. Desde o confronto, o Ministério da Justiça ainda não resolveu o impasse que envolve as demarcações de terra no município. Uma comitiva deve ser enviada ao Rio Grande do Sul na próxima semana.
Fonte: Lucas Rivas/Rádio Guaíba