O Hospital de Caridade de Três Passos, no Noroeste gaúcho, destituiu do cargo de diretor técnico o médico Leandro Boldrini, preso desde a noite de segunda-feira como um dos suspeitos da morte do filho Bernardo, de 11 anos. De acordo com o administrador da casa de saúde, Tarcísio Dreher, Boldrini também teve rescindido o contrato de cirurgião geral no hospital. O dirigente explicou ter atendido a um determinação do Conselho Regional de Medicina (Cremers). “Ele está impedido de exercer a função”, justificou. Boldrini era diretor técnico havia mais de dois anos na instituição.
“Só o tempo vai dizer que ele vai ter condições psicológicas de voltar a atender”, afirmou Dreher. O administrador também negou a possibilidade de recontratar o médico se a defesa obtiver, na Justiça, o habeas corpus.
Em função da morte de Bernardo, o Caridade perdeu, também, a enfermeira-auditora. Irmã da madrasta do menino, Simone Ugulini pediu afastamento do cargo e deixou o município, segundo Dreher. Ela disse ao administrador que “não esperava isso da irmã” e que, por essa razão, não tinha mais condições de ficar no cargo. Graciele Ugulini também foi presa como suspeita do crime, assim como a amiga dela, Edelvânia Wirganovicz. Ao pedir afastamento do hospital, Simone também comentou a possibilidade de pedir a guarda do filho de Graciele e Boldrini, de um ano e três meses.
O corpo do menino Bernardo foi encontrado na segunda-feira, dez dias depois de a criança desaparecer. A família vivia em Três Passos, a quase 100km do local onde o cadáver foi ocultado. Uma das hipóteses para explicar o assassinato é a motivação econômica, já que o menino era herdeiro dos bens da mãe, que cometeu suposto suicídio em 2010. O titular do Departamento de Polícia do Interior, delegado Valter Wagner, disse acreditar que algum tipo de ciúme também possa ter motivado o crime.
Fonte: Rádio Guaíba/Correio do Povo.