• 24 de abril de 2024

Neurologista Dr. Diego Dozza aborda o tema “Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico”

 Neurologista Dr. Diego Dozza aborda o tema “Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico”

O acidente vascular encefálico (AVE ou AVC) pode ser de dois tipos: isquêmico (obstrução arterial com falta de sangue para o cérebro) ou hemorrágico (sangramento intracraniano). Hoje vamos conversar exclusivamente sobre o AVE hemorrágico.

O AVE hemorrágico corresponde a cerca de 15% dos AVE e tem uma incidência de 10-20 casos por 100 mil/habitantes. A mortalidade chega a ser de até 40% no momento do sangramento.

O AVE hemorrágico ocorre por uma ruptura de um vaso sanguíneo cerebral e, assim o sangue espalha-se pelo tecido cerebral causando compressão e sequelas. As principais causas são a hipertensão arterial sistêmica, aneurisma cerebral, malformações artério-venosas, uso de drogas (cocaína, anfetamina), tumores, uso de anticoagulantes.

Os sintomas iniciais são um déficit focal (perda de força em braço ou perna, por exemplo) com piora em minutos e acompanhado de hipertensão arterial aguda, dor de cabeça aguda e intensa em 50% dos casos, náusea, vômito e redução do nível de consciência. Posteriormente podem permanecer sequelas, que dependem do local onde o sangramento aconteceu, como fraqueza de braço e/ou perna, incoordenação, dificuldade para falar ou compreender e alteração da sensibilidade.

O aneurisma cerebral, que é uma das maiores preocupações das pessoas em geral, causa geralmente um outro tipo de sangramento intracraniano chamado de hemorragia subaracnóide. Esta também é grave e cerca de 10% das pessoas morrem antes de chegar ao hospital. Existe risco de ressangramento de 15-20% em 2 semanas. O pico de idade ocorre em torno de 55-60 anos de idade e os principais fatores de risco são a hipertensão arterial, o uso de anticoncepcional oral, abuso de álcool, cocaína, tabagismo, gestação e parto e a idade avançada. Os sintomas mais comuns são início súbito de cefaleia, com vômito, desmaio, dor no pescoço e sensibilidade visual à luz.

Infelizmente não há sinais ou sintomas precoces das anomalias que podem causar a hemorragia. Muitas vezes as malformações arteriais e aneurismas são encontradas de forma incidental, ou seja, quando a pessoa realiza um exame de tomografia ou ressonância magnética de crânio para investigar uma dor de cabeça, por exemplo.

Surgindo qualquer destes sintomas ou se houver alguma dúvida, procure uma emergência para que possam ser feitos os exames necessários para esclarecimento, pois o tratamento deve ser realizado o mais breve possível para reduzir a morbidade.

Assim, a prevenção dos fatores de risco é o melhor tratamento para se evitar uma possível hemorragia intracraniana e suas sequelas. Uma vida regrada com boa alimentação, exercícios físicos e uso de medicamentos quando necessários é o melhor caminho para se ter um envelhecimento com saúde.

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