
A Operação “Leite Adulterado III”, desarticulada pelo Ministério Público (MP) catarinense em parceria com o MP do Rio Grande do Sul, garante que o leite fraudado em quatro laticínios e em uma usina de resfriamento não tinham o mercado gaúcho como destino final. No total, 16 pessoas foram presas e 21 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, tanto em Santa Catarina como em território gaúcho. A prisão efetuada no Estado ocorreu em Frederico Westphalen, no Norte, e envolveu Eroni Achidamini, proprietário de uma usina de resfriamento em Iraí (RS) e de um laticínio em Cordilheira Alta, no estado vizinho. Na casa dele, foram encontrados dois sacos de 25 quilos cada com citrato, um dos produtos usados para adulterar o leite. Além disso, soda cáustica, água oxigenada e água eram usados para mascarar o produto, considerado pelas investigações como de “baixíssima qualidade”.
O promotor Alcindo Bastos, do MP gaúcho, acompanhou os trabalhos realizados pela investigação catarinense. Ele afirmou que, no caso da prisão de Frederico Westphalen, o produto adulterado na empresa de Achidamini era encaminhado de Cordilheira Alta para o estado de São Paulo, onde era revendido sob a marca da empresa Bel. As ordens judiciais cumpridas nesta segunda-feira (20) foram autorizadas pelo juiz da Comarca de Quilombo (SC).
Em Santa Catarina, os municípios com empresas envolvidas nesta fase são Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Novo Horizonte, São Bernardino, Santa Terezinha do Progresso e Formosa do Sul. Nas duas edições anteriores da Operação Leite Adulterado, deflagradas em agosto, 48 pessoas foram indiciadas e 22 detidas.
Informações da Rádio Guaíba