O juiz de Três Passos Marcos Luis Agostinimanteve a prisão temporária do médico Leandro Boldrini, suspeito de envolvimento na morte do filho Bernardo Boldrini. A decisão, tomada nesta sexta-feira (2), seguiu a mesma direção do parecer contrário do Ministério Público.
O médico está preso desde 14 de abril, quando o corpo de Bernardo foi encontrado. Segundo o magistrado, liberar Boldrini em um momento em que a investigação ainda está em andamento seria “uma medida temerária e prejudicial à completa elucidação do fato”.
Ele ainda destaca que as decisões exigem “prudência e certamente ao final da investigação será possível uma melhor análise da prova produzida.”.
O pedido de revogação partiu da defesa do pai do menino. O advogado Jader Marques acredita que não há motivos para a continuidade da prisão, já que as outras duas suspeitas do crime, a madrasta da criança e uma amiga do casal, inocentaram seu cliente. O defensor também quer retirar o segredo de Justiça envolvendo o cliente, para que a Polícia Civil revele as provas existentes.
Bernando Uglione Boldrini foi encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do jovem estava em um matagal, enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, a madrasta e uma meia-irmã, de 1 ano, no município de Três Passos.
O pai chegou a afirmar que o garoto havia retornado com a madrasta de uma viagem a Frederico Westphalen, no dia 4, quando teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Bernardo deveria voltar no final da tarde do dia 6, o que não ocorreu.
Após dez dias de investigações, foram presos o pai, a madrasta e uma amiga dela. A suspeita é de que o menino tenha sido morto com uma injeção letal. Em entrevista coletiva, a delegada Virgínia Bamberg Machado, responsável pelo caso, afirmou não ter dúvidas do envolvimento dos três na morte de Bernardo.
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