DR.Eracilda de Assumpção
A ética deve estar presente no dia a dia da família, da escola e nos demais grupos sociais, nos quais as pessoas se inserem. Podemos usar a linguagem da escola ressaltando que é uma matéria transdisciplinar, uma vez que rege todos os nossos comportamentos.
O ambiente familiar, escolar devem estar cercados de amor e de respeito. Quando nos descontrolamos, acontece o descontrole da razão, ou seja, quando dizemos ou fazemos sem pensar, podendo prejudicar a si mesmo, os outros e o próprio ambiente em que estamos inseridos.
Estamos na era do conhecimento, uma vez que a evolução tecnológica nos surpreende diariamente. Mas em contrapartida estamos inseridos num contexto em que a ética cede lugar para o Ter em oposição ao Ser.
A escola e a família devem buscar uma convivência harmônica, aliando vivencias e aprendizagem na busca dos valores que dignificam o Ser, visando o bem comum e o exercício de cidadania.
No mundo contemporâneo, segundo Içami Tiba, os pais estão desenvolvendo liderança como líder ou como liderado. Mas não identificaram seus próprios papéis, principalmente na educação dos filhos.
As crianças e adolescentes ficaram livres das pressões de adultos, (pais, avós, professores…) para realizar seus desejos (direitos) e não foram educados para arcar com as consequências (deveres). Sem parâmetros nem valores internos saudáveis, foram contaminados pelo comportamento de seus pares (colegas, amigos etc.) e da mídia (TV, internet, jogos eletrônicos etc.).
A vontade mobiliza a ação que busca saciedade e prazer. Portanto, para as crianças e jovens o objetivo final das suas ações é o prazer. O dever pode no início ir contra o prazer (sacrificar à vontade), até atingir a consciência social do dever, quando passa a ser um prazer cumpri-lo.
Percebe-se claramente na escola, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a criança sente prazer em ir à escola, ter contado com os colegas, com seus professores. Ao atingir a adolescência esse prazer, em muitos, tende a desaparecer. Se os pais, os professores não estiverem dispostos a investir no comportamento, nas exigências do cumprimento das obrigações, desse filho e adolescente, até atingir a consciência social do dever cumprido, a sociedade vai ter um adulto fracassado e desajustado.
Professores e pais não devem dar respostas prontas, mas sim questionar: “Como foi que você conseguiu? Esta pergunta deve remeter ao caminho percorrido e não ao caminho do fracasso, da repreensão. Deve haver a reflexão sobre este ou aquele comportamento, esta ou aquela ação.
A vitória é superar as próprias dificuldades. Sucesso é o reconhecimento público das vitórias (pessoais, familiares, grupais). Entretanto o que qualifica a vitória e o sucesso para a eternidade é a ética progressiva.
Eracilda de Assumpção
Diretora Administrativa
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