Especializado em
Neurocirurgia – CRM 27281
As pessoas estão vivendo mais e com a idade surgem questões frequentes sobre o que seria normal ou não no envelhecimento. Dentre essas dúvidas ressalta-se o temor da perda de memória. É comum que a memória se reduza com a idade, pois sabe-se que existe uma perda neuronal ao longo da vida. Porém até que ponto os esquecimentos seriam considerados normais? Primeiro aspecto importante: a maior causa de dificuldade de memorização em pessoas jovens é o estresse, sobrecarga de atividades e transtornos psiquiátricos como depressão, ansiedade e déficit de atenção. Esses fatores também podem ser a causa de esquecimentos em faixas etárias mais avançadas e até em crianças. Deve-se ressaltar que a capacidade de memorização está diretamente ligada a qualidade de sono, portanto pessoas com privação de sono ou insônia provavelmente terão problemas de memória. Em idosos, principalmente, a depressão pode levar a um quadro muito semelhante à doença de Alzheimer com episódios de desorientação e esquecimentos, por isso a importância de diagnosticar e tratar precocemente as causas ditas reversíveis de perda de memória. Entre outras causas “reversíveis” de esquecimento estão: doenças de tireóide, deficiência de vitaminas (principalmente vitamina B12), doenças infecciosas como sífilis, encefalites e alcoolismo ( em alguns casos irreversível).
Deve -se suspeitar de um quadro mais grave de perda de memória quando a pessoa apresentar esquecimentos progressivos ao longo de meses, dificuldade de realizar tarefas que antes fazia com destreza (por exemplo, uma costureira que começa a errar na costura, um cozinheiro que repetidamente troca os temperos, deixa a comida queimar), dificuldade de se expressar ou encontrar as palavras, alteração de comportamento ( agressividade, desinibição, choro frequente). Esses sintomas devem atrapalhar a rotina e prejudicar a pessoa para serem considerados patológicos e principalmente devem ser progressivos. Nesses casos a pessoa pode estar apresentando um quadro de demência, sendo a mais comum a doença de Alzheimer e a demência vascular. Ambas acometem na sua maioria pessoas com mais de 60 anos de idade, sendo raríssima sua incidência em idades mais precoces. Na doença de Alzheimer a pessoa apresenta perda de memória progressiva, associada a alterações de julgamento, capacidade de executar atos da vida diária e linguagem. Existe tratamento para esta doença porém não existe cura, portanto o diagnóstico precoce é importante, pois possibilita que o paciente fique em uma fase leve da doença por tempo prolongado. A demência vascular é associada a doença vascular cerebral na forma de AVCs de repetição (muitas vezes silenciosos) que lesam as áreas de memória e acontecem principalmente em pessoas com fatores de risco para doença vascular como hipertensos e diabéticos não controlados, passado de AVC e tabagistas de longa data.
A maior prevenção de perda de memória consiste em estimular o seu cérebro. Atividades como leitura, jogos de memorização, esportes, alimentação saudável, postura positiva diante das tribulações da vida, boa qualidade de sono, não fumar e não beber. Estas orientações contribuirão para preservar sua memória e para um envelhecimento saudável.
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