
Diretora Administrativa
EA Assessoria Educacional
Tel.: (55)3744-1775 / (55)9176-2314
São as escolas que envolvem, como aprendentes, seres humanos e máquinas aprendentes. Este é, sem dúvida, o tipo de organização que tende a prevalecer no futuro, embora para alguns isso possa parecer ficção ou algo muito distante. No entanto, basta observar a rapidez com a qual acontece o redesenho de ambientes educacionais em instituições de ponta. Há muitas escolas no mundo onde os alunos já contam com o uso de multimeios e da internet, como recurso didático.
A cotidianização de acesso a um elevado número de canais de TV e o uso caseiro da Internet para múltiplos fins (pesquisa, correio, bate-papos, compras, teleconferências, programas ao vivo, etc.) está “hibridizando” muitas das relações interpessoais, não apenas nas grandes indústrias, shopping centers, mas até em nossas casas. O impacto disso no sistema escolar e da reconfiguração de muitas salas de aula acontecerá, cedo ou tarde.
Os aprendentes do futuro, estarão quase continuamente imersos nesse novo líquido amniótico dos multimeios que passaram a intermediar, em medida crescente, o nosso acesso a essa realidade tecnológica.
A questão está no questionamento. Quando nossas instituições de ensino começarão a trazer para dentro da sala de aula a interação entre os alunos e as máquinas? Acreditamos que a escola ficará mais interessante, haverá um maior interesse por parte do aluno em participar, buscar soluções para este ou aquele problema e o professor estando preparado, para este tipo de trabalho, terá maior satisfação quanto a aprendizagem de seus alunos.
Algumas pesquisas realizadas sobre o uso de TICs demonstram sua importante influência em transformações ocorridas nas formas de aprender, nas formas de se relacionar, nas formas de construir significado e valores. Porém, muitas dessas pesquisas, enfatizam a importância de uma reelaboração da cultura escolar para que esse novo paradigma possa surtir efeito positivo no ensino.
Isso se justifica porque muitas instituições de ensino, apesar de implementarem o computador em sua rotina, ainda têm dificuldade em modificar as formas de lidar com o planejamento das aulas.
Hassmann (1999) ressalta, que o novo contexto tecnológico da sociedade de conhecimento torna a aprendizagem, ao longo da vida um hiperativo de sobrevivência. Nesse contexto, os frutos da educação já não podem resumir-se a conhecimentos acumulados, mas devem avaliar-se nas experiências de aprendizagem e na competência para continuar aprendendo. Em muitos campos, o mais decisivo é saber descobrir caminhos para acender a novos conhecimentos. Em vez de concentrar-se no repasse de saberes supostamente prontos, a educação precisa preocupar-se doravante com o desenvolvimento mundial, principalmente em relação a tecnologia, uma vez que o nosso aluno faz parte desse contexto e é nele que vai atuar e desenvolver suas aptidões.
As máquinas se tornaram co-criadoras do nosso mundo e das nossas formas de conhecimento. Isso afeta evidentemente o próprio conceito de organizações aprendentes, que, aliás, só pode surgir, com a força que vem tomando, por causa dos novos espaços do conhecimento propiciados pelas tecnologias da informação e da comunicação.
Podemos considerar que o termo Ensino Hibrido está enraizado em uma ideia de que não existe uma forma única de aprender e que a aprendizagem é um processo contínuo.