O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Alexandre Postal, defende um recesso remunerado para os deputados gaúchos de 26 de setembro até o resultado do primeiro turno das eleições municipais. Em entrevista à nesta quarta-feira, Postal explicou que durante os finais de campanha há um esvaziamento do plenário, mesmo com sessões marcadas. Segundo o deputado, o objetivo da suspensão das atividades é legitimar algo que já ocorre. “É uma ação para acabar com a hipocrisia e o falso moralismo, já que vamos oficializar um comportamento que até então era velado, embora já existisse”, justificou.
A proposta deve ser votada na terça-feira e possivelmente aprovada, pois já há garantia de adesão de todas as lideranças partidárias, conforme o deputado. Questionado sobre a legitimidade do recesso remunerado, o presidente da Assembleia acredita que seja um direito dos deputados, já que, para ele, os parlamentares estarão trabalhando, só que junto a bases. “Todos os deputados têm o direito de poder faltar até quatro sessões por mês”, afirmou. Ele ressaltou que cada parlamentar possui uma cota para gastos com diárias e gasolina, que não poderá ser ultrapassada. A cada mês, são prestadas contas sobre as viagens realizadas.
No recesso, cinco sessões deixarão de ser realizadas, entre as quais uma de votação. De acordo com o presidente da Assembleia, não há projetos polêmicos ou com atraso a serem votados nesse período e nem trancando a pauta da Casa.
O objetivo da proposta é liberar os deputados para fazerem campanha na reta final do pleito e dar maior transparência à conduta do Parlamento gaúcho. A proposta prevê também esforço concentrado dos parlamentares para votarem as matérias incluídas na pauta antes desse período.