Representantes de sindicatos de servidores públicos do Estado serão recebidos pelo governador José Ivo Sartori (PMDB), na manhã desta segunda-feira, em Porto Alegre. O objetivo do encontro, segundo o Piratini, é apresentar aos trabalhadores os dados sobre a crise financeira do Estado. A apresentação já foi levada a nove cidades do Interior gaúcho, durante a Caravana da Transparência.
Com a decisão de atrasar os R$ 280 milhões mensais da dívida do Estado com a União, Sartori garantiu que os salários do funcionalismo público serão pagos em dia, entre terça e quinta-feira da próxima semana. A remuneração do mês de maio, porém, ainda é incerta, já que o governador garante que o recurso extremo não será repetido. O cumprimento da parcela não deve passar do dia 10 de maio, com possíveis juros aplicados, mas evitando sanções pela União.
Depois do anúncio da medida, nessa sexta-feira, o governo federal confirmou a liberação de parte das verbas em atraso para o Rio Grande do Sul, referentes às perdas da Lei Kandir, que desonerou o ICMS de exportações. Os valores haviam sido cobrados pelo governador em Brasília, na quinta-feira. Conforme a assessoria da Fazenda, o pagamento, de R$ 48,9 milhões, não muda a decisão de retardar o pagamento da dívida. A expectativa é de que seja um reforço para evitar o atraso dos salários de servidores no próximo mês.
Além dos sindicalistas, o encontro no Palácio Piratini, às 9h desta segunda-feira, deve reunir prefeitos, vereadores e membros de Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). Mais tarde, o governador, o vice e a equipe de secretários têm reunião-almoço com deputados federais e senadores gaúchos. Um dos temas da reunião deve ser a cobrança dos professores estaduais pela liberação dos royalties do petróleo para a Educação, que permitiriam o cumprimento do piso nacional do Magistério. Em protesto ontem, na Capital, o Cpers alegou que o PMDB gaúcho poderia pressionar o Congresso Nacional para a regulamentação da lei. Já os peemedebistas entendem que a destinação dos recursos, que chegariam a R$ 19 bilhões para a Educação no país, depende do STF (Supremo Tribunal Federal).
Fonte:Bibiana Borba/Rádio Guaíba