Evandro Wirganovicz, o quarto suspeito de participar da morte do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, foi indiciado, na tarde de sexta-feira (8), por homicídio simples e ocultação de cadáver. A Polícia de Três Passos, no norte do Rio Grande do Sul, entregou o inquérito complementar à Justiça e pediu a conversão da prisão temporária em preventiva. Ele está preso desde o dia 10 de maio. Ele já havia sido denunciado e transformado em réu, mas só pela ocultação do corpo.
Outras três pessoas estão presas acusadas do crime: o pai da criança, o médico Evandro Boldrini; a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini; e uma amiga do casal e irmão de Evandro, a assistente social Edelvânia Wirganovicz.
Segundo a delegada Caroline Bamberg, responsável pelo caso, ele só não foi denunciado por homicídio qualificado, como os outros suspeitos, porque a polícia não conseguiu provar que ele sabia de detalhes do crime. Segundo as investigações, ele participou do caso ao fazer uma cova para que alguém fosse enterrado. O buraco foi feito no dia 3 de abril. Dois dias depois, Bernardo foi assassinado.
O Ministério Público agora vai analisar o novo relatório da Polícia Civil e decidir se Evandro será denunciado por assassinato.
O crime
No dia 14 de abril, Bernardo Boldrini, de 11 anos, foi encontro nu, enterrado em um matagal de Frederico Westphalen, também no norte gaúcho, depois de dez dias desaparecido. No mesmo dia, os três primeiros suspeitos foram detidos.
Segundo investigações da Polícia Civil, Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz mataram o menino. A suspeita é de que a criança tenha sido morta por uma injeção letal. O pai da criança, Leandro Boldrini, também teve participação na morte de Bernardo, fornecendo o medicamento controlado em uma receita assinada por ele, na cor azul.