O juiz de Três Passos Marcos Agostini deu prazo de cinco dias para que a defesa de Edelvânia Wirganovicz apresente as alegações finais (memoriais) no processo penal sobre a morte do menino Bernardo Boldrini, ocorrida em abril do ano passado, no Norte gaúcho. O magistrado esclareceu que a apresentação é obrigatória, sob pena de que todo o andamento judicial seja anulado. Agostini alertou que, se defesa não se manifestar, Edelvânia vai ser intimada a constituir defesa nova, cujo prazo para apresentar a peça vai ser o mesmo (cinco dias). Se, ainda assim, ela não providenciar advogado, um defensor público de Três Passos deve assumir o caso.
A fase de instrução do processo sobre a morte de Bernardo terminou em fim de abril, quando os réus foram interrogados em Três Passos. O juiz abriu prazo para o Ministério Público e as defesas dos réus Leandro Boldrini (pai do menino), Graciele Ugulini (madrasta), Evandro Wirganovicz e Edelvânia Wirganovicz (amigos do casal) apresentarem os memoriais mas, até agora, só os três primeiros cumpriram o trâmite. O advogado de Edelvânia, Demetryus Grapiglia, pediu vista a inquéritos policiais para, só então, apresentar as alegações finais, mas o juiz negou a solicitação.
A partir das alegações finais, o prazo é de dez dias para que ocorra a sentença, prevista de início para julho. Agostini pode mandar os réus a júri popular, inocentá-los, desclassificar a denúncia (o que leva o caso a uma Vara Criminal comum) ou arquivar o processo.
A defesa de Graciele também voltou, nos últimos dias, a defender a necessidade de transferência dela, alegando que a cliente sofre de problemas de saúde. O juiz solicitou informações à juiza que fiscaliza a Penitenciária Estadual de Guaíba (2ª VEC de Porto Alegre), onde a acusada permanece detida.
Relembre o caso
Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu em 4 de abril do ano passado, em Três Passos. Dez dias depois, o corpo dele foi encontrado no interior de Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio. Após a descoberta, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e a amiga Edelvânia Wirganovicz foram acusados pelo crime, cometido com o emprego do sedativo Midazolan – comprado com uma receita supostamente assinada pelo pai do menino. Além dos três, segue detido Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, acusado de cavar o buraco para a ocultação do cadáver.
Fonte:Rádio Guaíba