Especializado em
Neurocirurgia – CRM 27281
O acidente vascular encefálico, também conhecido como AVE ou popularmente chamado de “derrame cerebral”, pode ser de dois tipos: isquêmico ou hemorrágico.
O AVE isquêmico ocorre em cerca de 85% das vezes. É responsável por uma mortalidade de 8 a 12% em 30 dias após seu início e dos sobreviventes cerca de 30% precisarão de ajuda para realizar suas atividades de vida diária, 20% de assistência para deambular e 16% necessitarão de cuidados institucionais devido as suas sequelas.
Mas afinal, o que é o AVE isquêmico? É uma obstrução aguda de um vaso sanguíneo cerebral, assim, a área atingida deixa de receber os nutrientes e ocorre a morte celular. Uma das formas mais comuns desta obstrução é por um êmbolo, ou seja, um “coágulo de sangue” que se desprende de um artéria distante (coração ou vasos do pescoço) e pára em um vaso do cérebro. Isto é chamado de AVE cardioembólico e é causado por doenças cardíacas como a fibrilação atrial e miocardiopatia dilatada, dentre outras.
Como em quase todas as doenças, existem fatores de risco que podem ser modificáveis (tabagismo, diabetes, hipertensão arterial, aterosclerose, doença cardíaca, dislipidemia,…) ou não-modificáveis (idade, sexo, história familiar, genética). Como se percebe há muita coisa em comum entre o cérebro e o coração e, portanto, devemos seguir as orientações para manter uma vida saudável: não fumar, não tomar bebida de álcool, fazer exercícios físicos, manter alimentação saudável. Assim, realizamos a prevenção primária que é a melhor forma de evitarmos as doenças.
E como saber se estou tendo um AVE? Os sintomas dependem do local onde a obstrução ocorre, mas de uma maneira geral pode ocorrer cegueira de apenas um olho, fraqueza de braço e/ou perna, incoordenação, dificuldade para falar ou compreender e alteração da sensibilidade. Geralmente estes sintomas surgem combinados. Sintomas isolados que não são aceitáveis como AVE são: desmaio, tontura, confusão, incontinência urinária ou fecal, fraqueza generalizada, visão dupla, dificuldade de engolir, zumbido, amnésia ou disartria. Na dúvida procure sempre um médico em uma emergência para melhor orientação e realizar os exames necessários.
Atualmente há apenas uma forma de tratamento agudo que deve ser feito nas primeiras 6 horas do AVE. Esta é chamada de trombólise que pode ser intravenosa ou intrarterial. Infelizmente há poucos centros hospitalares que realizam estes procedimentos e ainda há um tempo curto para isso. Então segue-se para a chamada prevenção secundária, que é o corte dos fatores de risco e uso de algumas medicações quando necessário. Isto inclui controle da pressão alta, diabetes, obesidade, colesterol e a realização de atividade física. Mas um dos principais tratamentos é a realização de fisioterapia para reabilitação das sequelas. A melhora é gradual e muitas vezes lenta, o mais importante é não se desestimular e manter o pensamento positivo!
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